No planalto sobranceiro ao vale do rio de Mouros, em terras férteis e largamente irrigadas por linhas de água, nascia o humilde povoado de Condeixa, aproveitando as ruínas da vila romana de Conimbriga.
No século XI, as terras de Condeixa foram doadas ao Mosteiro de Santa Cruz de Coimbra, que assumiu a responsabilidade da sua colonização e arroteamento. Terá sido nessa altura que os frades crúzios fundaram Condeixa. No entanto, é apenas em agosto de 1219, que surge o topónimo de Condeixa-a-Nova. No século XIII seria um pequeno lugar, com uma área não superior a 800 metros quadrados.
O Padre António Carvalho da Costa afirma que a origem de Condeixa-a-Nova se encontra num pequeno casario chamado Outeiro.
Manuel I doará ao seu primo D. Jorge (filho bastardo de D. João II e de Ana de Mendonça, Senhor da Vila de Aveiro e Duque de Coimbra) várias terras, entre as quais Condeixa-a-Nova, com o seu termo e limite. O mesmo monarca concederia foral à povoação em 1514, ano em que Condeixa-a-Nova, é também elevada a julgado.
CONIMBRIGA – Condeixa-a-Nova, Portugal

- Museu Monográfico de Conímbriga –Museu Nacional
- Ruínas Romanas de Conímbriga – Museu Nacional
- PO.RO.S – Museu Multimédia Portugal Romano em Sicó – Museu Municipal
Museu Monográfico de Conímbriga –Museu Nacional
Exposição Permanente
O Museu Monográfico de Conímbriga é didicado à interpretação das ruínas da cidade romana. O museu alberga várias coleções, que ilustram a evolução histórica do lugar, entre finais do 2º milénio antes de Cristo, e o século VI da Era Cristã. Monumento Nacional desde 1910, Conímbriga é o sítio arqueológico mais notável da época Romana existente em Portugal, e também o mais visitado.
Implantado num planalto protegido por defesas naturais, o núcleo urbano que deu origem a Conímbriga desenvolveu-se a partir do Bronze Final (século IX a.C.). No século II a.C. o povoado foi conquistado pelos Romanos, alcançando a sua época de maior esplendor durante os primeiros séculos da nossa era.
Afetada pela profunda crise político-administrativa dos últimos séculos do Império, Conímbriga sofreu as consequências das invasões bárbaras. Em 465 e 468, os Suevos tomaram e saquearam parcialmente a cidade, acentuando a decadência da vida urbana, que prosseguiu até ao abandono definitivo do lugar, em plena época Medieval.
A maior parte das ruínas escavadas data da época Romana. O visitante pode contemplar os vestígios de numerosos edifícios e construções de natureza pública e privada, como o fórum, edifícios termais, o aqueduto, o anfiteatro, edifícios comerciais e industriais, assim como luxuosas residências privadas, entre as quais se destaca a magnífica Casa dos Repuxos, conhecida pelos jogos de água no centro do peristilo ajardinado, e pelos belos pavimentos de mosaicos geométricos e figurativos, e pelos seus revestimentos com estuques moldados e pintados.
Fundado em 1962, o Museu Monográfico de Conímbriga é uma entidade dependente do Instituto dos Museus e da Conservação, cabendo-lhe a missão da gestão das ruínas da cidade romana, promover a sua exposição pública e prosseguir a investigação arqueológica sobre o sítio. A exposição permanente inclui unicamente objetos provenientes da escavação de Conímbriga, e está distribuída em dois blocos. No primeiro expõem-se várias centenas de objetos, que relatam, nas suas múltiplas facetas, a vivência quotidiana dos habitantes da cidade romana (uso da moeda, atividades industriais e comerciais, lazer…); o segundo distribui-se por três salas, dedicadas à arquitetura pública, à arquitetura privada e aos cultos religiosos.
Conímbriga
3150-220 Condeixa-a-Velha
Coordenadas GPS:
Latitude 40.0983494
Longitude -8.4924453
http://www.conimbriga.gov.pt
Telefone: +351 239 941 177
infogeral@conimbriga.pt
Horários
- De 2ªfeira a domingo, das 10h às 19h
- Encerra: 1 de janeiro, domingo de Páscoa, e de maio e 25 de dezembro.
- Tutela: Direção Geral do Património Cultural
Ruínas Romanas de Conímbriga – Museu Nacional
O sítio de Conimbriga, que teria habitado desde o Neolítico, tem presença humana segura no Calcolítico e na Idade do Bronze, épocas originárias dos testemunhos mais antigos que até nós chegaram. É certo que os Celtas aqui estiveram: os topónimos terminados em “briga” são testemunho claro dessa presença. Conimbriga era, portanto, um castro, quando os Romanos em 138 a.C. aqui chegaram e se apoderaram do oppidum.
O conjunto das Ruínas de Conimbriga, do Museu Monográfico construído na sua proximidade, e do castellum de Alcabideque, conforma um complexo arqueológico de peso, que permite reconstituir uma célula importante do grandioso Império Romano. Juntamente com Mirobriga (Santiago do Cacém) e Tongobriga (Freixo, Marco de Canaveses), Conimbriga constitui um dos vértices do grande triângulo dos vestígios da presença romana em Portugal. A imponência e o pragmatismo da arquitetura romana estão bem representados em Conimbriga, assim como a superioridade da sua ação civilizadora, patente nos mais diversos pormenores do quotidiano. Embora, conforme atrás se refere, tivesse sido habitada desde tempos muito recuados, a fundação de Conimbriga e a maioria das construções que aqui se encontram remonta-se à era do Imperador Augusto (séculos I a.C. – I d.C.).
Iniciadas em 1928, as escavações arqueológicas foram pondo a descoberto uma parte muito significativa do traçado desta cidade, possibilitando ao visitante das Ruínas apreciar a sua planificação urbanística laboriosa, e atenta a todas as necessidades: o fórum, o aqueduto, os bairros de comércio, indústria e habitação, uma estalagem, várias termas, o anfiteatro, as muralhas para delimintação e defesa da cidade. Deste conjunto sobressai um bairro de ricas casas senhoriais, que se opõe diametralmente às insulae da plebe, pela complexidade da sua construção e pelo seu requinte decorativo – com destaque para a “Casa dos Repuxos”, com um grande peristilo ajardinado e pavimentada com mosaicos policromos, preservados in situ, exibindo motivos mitológicos, geométricos, ou representando, muito simplesmente, cenas do quotidiano.
Conímbriga
3150-220 Condeixa-a-Velha
Coordenadas GPS:
Latitude 40.0983494
Longitude-8.4924453
http://www.conimbriga.gov.pt
Telefone: +351 239 941 177
infogeral@conimbriga.pt
Horários
- De 2ªfeira a domingo, das 10h às 19h
- Encerra: 1 de janeiro, domingo de Páscoa, e de maio e 25 de dezembro.
- Tutela: Direção Geral do Património Cultural
PO.RO.S – Museu Multimédia Portugal Romano em Sicó – Museu Municipal
Exposição Permanente
Há cerca de 2000 anos os romanos chegaram às Terras de Sicó. No limite do Império, Conímbriga tornou-se num centro verdadeiramente romanizado.
O PO.RO.S – Museu Portugal Romano em Sicó proporciona uma viagem pela presença romana nas Terras de Sicó, e permite conhecer melhor o encontro entre culturas que moldou a história do território. A tecnologia estimula os sentidos, e dá à exposição um caráter vivo e dinâmico, capaz de aliar conhecimento e entretenimento, contribuindo assim para a salvaguarda e divulgação da memória histórica da romanização. O PO.RO.S é um espaço atrativo e inovador, que nos transporta numa aventura pela história da romanização e do seu legado, que perdura até aos nossos dias.
Quinta da São Tomé, Avª. Dos Bombeiros Voluntários
3150-160 Condeixa-a-Nova
Coordenadas GPS:
Latitude 40.1118871
Longitude -8.4937507
www.poros.pt
Telefone: +351 239 949 122
info@poros.pt
Horários
Período de Verão
- Abril a Setembro: de terça a domingo 10.00 – 19.00h
Período de Inverno
- Outubro a Março: de terça-feira a domingo 10.00 – 18.00h.
Dirétorio
Centro Cívico de Condeixa-a-Nova
Praça do Município
3150-113 Condeixa-a-Nova
Coodernadas GPS:
Latitude 40.1128824
Longitude -8.5007905
www.cm-condeixa.pt
Telefone: +351 239 940 143
turismo@cm-condeixa.pt
Horário
- Dias Úteis: 10h00 – 13h00 | 14h00 – 18h00
- Sábado e domingo: 10h00 – 17h00
LOCALIZAÇÃO
O concelho de Condeixa-a-Nova fica situado na faixa litoral dá região centro, distando sensivelmente 200 km, a norte, de Lisboa, 120 km, a sul, do Porto e somente 10 km da cidade de Coimbra, núcleo urbano primeiro da região centro. Confronta com os concelhos de Coimbra, a norte; a leste com os de Miranda do Corvo e Penela; a sul, ainda com Penela e com o concelho de Soure; e a oeste também com Soure e Montemor-o-Velho.
De um modo global, o concelho beneficia de uma acessibilidade privilegiada. A A1, autoestrada Lisboa-Porto, passa às portas de Condeixa, e tem um nó muito próximo da sede do concelho. A N347 assegura boas ligações com Penela, e uma nova via portajada, a A13-1, conecta Condeixa com Tomar (a sul), Coimbra (a norte), e Miranda do Corvo e a Lousã.
Pela estrada nacional, ou apanhando a A14 a norte de Coimbra, a Figueira da Foz e as suas praias encontram-se a uma distância relativamente pequena. O mesmo se pode dizer da Serra da Lousã, com as suas aldeias de xisto, e as suas magníficas matas e paisagens, acessível pela vila homónima e por Miranda do Corvo (N342 ou A13-1) ou através da Penela, Espinhal e Castanheira de Pera (N347).
As linhas de comboio do norte e do oeste também se encontram a uma distância curta, com interligação na estação de Coimbra.