.Cidades Romanas do Atlântico - Logo

APRESENTAÇÃO

A Rede de Cidades Romanas do Atlântico ‘Roma Atlantiaca’ é um agrupamento de municípios, situados na área de influência atlântica e com um passado romano comum, que oferecem a possibilidade de conhecer um património cultural singular.

A rede atravessa três países, e é composta pelas seguintes localidades: Saintes, Irun, Gijón, Lugo, Braga, Condeixa-a-Nova e Marvão.

A Rede convida-o a visitar os nossos municípios, para disfrutar de uma viagem ao passado, através do seu património romano e de uma atraente oferta cultural.

OBJETIVOS

  • Revalorizar o património arqueológico e recuperar a memória histórica romana de cada um dos municípios que formam parte da rede.

  • Organizar encontros para intercambiar o conhecimento e as inquietudes existentes entre cidades que compartilhem origens ou recursos similares.

  • Promover a imagem turística da rede, participando em feiras nacionais e internacionais.

  • Publicar e distribuir material promocional e turístico da Rede.

  • Estabelecer relações e intercâmbios com redes análogas, tanto nacionais como estrangeiras.

  • Sensibilizar a população local para que conheça em profundidade o seu entorno e, especialmente, o património cultural da sua zona.

UMA HISTÓRIA COMUM

A implantação dos romanos nos territórios da fachada atlântica realizou-se de maneira diferente e mais tardia do que no mundo mediterrânico, tendo em conta diferentes contextos históricos, e adotando outros modelos de assentamento. Os seus assentamentos obedeceram a diferentes interesses, fundando enclaves marítimos, centros políticos e administrativos, organizando caminhos de navegação estáveis e construindo vias de comunicação, o que lhes permitiu obter um controlo efetivo do espaço. A partir do ano 51 a.C., com a romanização da Gália após a vitória de Julio César, e até 43 d.C., quando se dá a principal invasão romana da Britania, o espaço atlântico conhecerá a progressiva fundação de assentamentos, marcando o fim das guerras cântabras, no ano 19 a.C., um marco para a presença romana na cornija cantábrica. Roma Atlantiaca Pode falar-se de uma Roma atlântica diferente do modelo mediterrânico? As últimas décadas de investigação arqueológica revelam uma nova dimensão da ocupação romana na área atlântica, com uma comunidade plenamente romanizada, mas que apresenta traços próprios diferenciados, pela existência de uma identidade cultural vinculada ao espaço atlântico. Uma comunidade com vocação costeira, aberta aos intercâmbios proporcionados pela navegação. O Oceano Atlântico, ou Mare Externun, foi um espaço habitual para o transporte de mercadorias e comerciantes, e para a deslocação de pessoas e tropas, permitindo a convergência de rotas comerciais com origem no interior, e estendendo a sua área de influência em sentido inverso, o que fomentou a difusão da cultura romana e do seu modo de vida. Assim o testemunha Plínio, na sua Naturalis Historia II, LVII (167): «Hoje em dia os barcos percorrem todo o Ocidente, desde Gades e as Colunas de Hércules, dando a volta a toda a Hispânia e à Gália.